terça-feira, 24 de abril de 2012

As comemorações do 25 de Abril ou a recordação de um PREC que não termina?

 

A revolução de Abril foi grandiosa, competente, uma janela de esperança que se abriu. Vivas aos capitães de Abril, ao povo português e à Republica.
Dizem hoje muitos, os velhos do restelo, apelido eu, que vivemos um momento que deverá ser de rutura, da instalação de uma nova revolução, que perdemos a liberdade e estamos a ser assaltados e violentados nos nossos direitos.
Estão certos. Não sabem no entanto o que dizem.
Não sabem o que dizem porque enquadram mal. Não sabem que já estamos num processo de rutura, que vivemos um momento de revolução e que só um processo de reestruturação da sociedade virado para o futuro nos poderá devolver a liberdade e a capacidade de honrarmos compromissos, enfim, de escolhermos. Não sabem que o 25 de Novembro afinal nunca aconteceu, pois o país foi assaltado por muitos daqueles que agora se queixam e o assalto ocorreu na sala magna da liberdade, a Assembleia da Republica.
Manter viva a chama do 25 de Abril, para além do que deverá ser um momento de reflexão, pretendendo manter vivas apenas algumas figuras que não sabem ultrapassar a síndrome da batalha, é humilhante para quem hoje está a pagar a fatura.
Não queremos mais comemorar o 25 de Abril pois só um qualquer dia da responsabilidade social nos serve.

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